Quem criou o Nubank?

Nubank é a fintech mais valiosa da América Latina. Descubra quem criou o Nubank e como seu modelo de negócios mudou o mundo financeiro.

Clientes e Bancos

Ir até um banco tradicional muitas vezes é uma tarefa complicada. Na realidade, quase ninguém gosta de ir ao banco.  A simples necessidade de ir até uma agência já é motivo para muita indisposição.

Além das longas filas, muitos clientes para poucos funcionários, ainda há portas giratórias com detectores de metal. Quem nunca ficou preso numa porta giratória, tentando descobrir o que havia de errado? A sensação que se tem depois de um período de tempo dentro do banco é a de cansaço.

Além disso, há as tarifas e anuidades e as inúmeras burocracias para se abrir ou encerrar uma conta.

Por mais que haja alguma facilidade com os caixas eletrônicos, ainda assim, não é suficiente. Ainda há filas, inseguranças com golpistas, uma interface pouco intuitiva com opções obscuras e que talvez nunca iremos descobrir para o que servem.

O problema é que durante muito tempo, não havia muitas opções. Os principais bancos tradicionais dominavam a maior parte do mercado. Ter que ir ao banco tornou-se um fardo e uma experiência negativa que dificilmente conseguiríamos evitar.

No entanto, foi justamente estas questões problemáticas que despertaram a ideia do Nubank. Uma alternativa até então inédita no Brasil, que possibilitou uma outra forma de lidar com as necessidades financeiras.

Quem criou o Nubank?

Nubank foi idealizado por David Vélez e seus cofundadores são Cristina Junqueira e Edward Wible.

David Vélez

Quem criou o Nubank?
Quem criou o Nubank? David Vélez

David nasceu em Medellín, na Colômbia. Veio de uma família de empreendedores, seus pais tinham uma fábrica de botões. Porém, segundo Vélez, era perigoso viver na Colômbia por volta do final dos anos 80, devido à grande influência dos carteis. Entre eles, na época o mais atuante cartel era justamente o cartel de Medellín, chefiado por Pablo Escobar.

Com a violência criada pelos carteis, a família de David decide buscar oportunidades em outro país. Sendo assim, sua família muda-se para a Costa Rica, quando David possuía apenas 8 anos de idade. Após a mudança a família de Vélez decide abrir novamente a fábrica de botões.

Aos 12 anos, trabalhando na fábrica de seu pai, David já demonstrava espírito empreendedor. Juntou suas economias para comprar algumas vacas e quando fez 18 anos as vendeu para poder pagar a faculdade.

Sempre se interessou por inovação e tecnologia e por isso tinha muito interesse em estar no Vale do Silício. Dessa forma, seguiu o seu sonho e decidiu cursar Engenharia na Universidade de Standford, na Califórnia.

Em 2008, David é contratado pela empresa General Atlantic que fez um grande investimento no Brasil. Ficou sobre sua responsabilidade cuidar no polo da empresa aqui no país. Eis então que temos David em terras brasileiras, trabalhando na cidade de São Paulo.

A vinda para o Brasil

Ao chegar, teve que cuidar de questões burocráticas básicas como contratos, número de telefone e abrir uma conta em um banco.

Para David, a experiência de abrir uma conta foi estressante. Além de toda a papelada necessária, inúmeras ligações, horas de espera e no final a sua conta possuía uma taxa de anuidade elevada além de juros altíssimos no cartão de crédito.

Além disso, ir até uma agência, passar pelo detector de metais, ter de tirar todos os seus bens para passar na porta giratória, sendo constantemente vigiado, foi uma experiência muito negativa. Segundo David, sentia-se um criminoso dentro de uma atividade simples do cotidiano.

Mas a experiência ruim de David com os bancos foi justamente aquilo que lhe revelou uma grande oportunidade de empreender. 

Ao sentir a dor de ser um cliente dos bancos tradicionais, e prever que a internet e os smartphones iriam mudar este setor, David decide criar a sua própria solução digital para serviços financeiros.

Após formalizar a sua ideia de negócio, David recorreu a empresa de capital de risco, Sequoia Capital, que demonstrou interesse no projeto.

 A partir deste momento, a sua missão era montar a equipe perfeita para dar vida a sua ideia. E foi assim que David encontrou os cofundadores do Nubank, Cristina Junqueira e Edward Wible.

Cristina Junqueira

Quem criou o Nubank?
Quem criou o Nubank? Cristina Junqueira

Cristina nasceu em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, porém morou boa parte de sua infância e juventude no Rio de Janeiro. Após terminar o ensino médio, se muda para a cidade de São Paulo, onde inicia a sua formação em Engenharia de Produção na USP.

Termina a sua graduação em 2004 e já inicia o mestrado na mesma instituição. Durante este período Cristina já trabalhava no setor bancário atuando como analista de sistema para o Unibanco.

Em 2007 decide se mudar para os Estados Unidos para aprofundar os estudos em finanças e marketing na instituição Northwestern Univesity. 

Após retornar, em 2008, começa a trabalhar para o Itaú como superintendente de negócios.  Em 2009 atua como head de produtos para uma das maiores financeiras do Brasil, a LuizaCred.

Já em 2012 Cristina volta a trabalhar para o Itaú no setor de cartões da instituição financeira. Neste período propôs diversas ideias para o setor, porém não obteve apoio.

Dessa forma, com uma bagagem gigante de experiência no setor financeiro, é em 2013 que Cristina se encontra com David Vélez, que estava em busca de uma parceria estratégia para a estruturação do Nunank.

Hoje, Cristina é uma das bilionárias brasileiras segundo a revista Forbes e a segunda com uma fortuna sem ser por herança, atrás apenas de Luiza Trajano, CEO da rede Magazine Luiza.

Adam Edward Wible

Quem criou o Nubank?
Quem criou o Nubank? Edward Wible

Edward é norte americano e possuí graduação em Ciências da Computação pela Universidade de Princeton, além de um MBA pelo Insead, escola francesa que possuí a melhor graduação deste nível no mundo.

Trabalhou com consultoria no Boston Consulting Group (BCG). Além disso, trabalhou por muito tempo com fundos de investimentos private equity, na empresa Francisco Partners.

Antes de entrar para o Nubank, Edward morou na Argentina, onde buscou investidores para iniciar uma startup na área de transportes. O projeto não foi bem sucedido, mas dois anos depois ele encontra com David Velez, que o chama também para compor a equipe de fundadores do Nubank.

O nome Nubank

David conta que o nome Nubank foi desenvolvido por uma agência de publicidade depois de muitas outras ideias. Para ele, “Nu”, retrata os ideais da empresa. Ou seja, sem roupa, transparente, aquilo que se é sem julgamentos ou proibições.

Além disso, “Nu” também remete a palavra New, em inglês, que significa Novo.

Por isso, Nubank é um nome que remete a uma forma de lidar com as soluções tecnológicas para o setor financeiro de forma inovadora e sincera.

Um projeto promissor

Segundo Cristina, no início não havia cede, dinheiro, escritório ou equipe, apenas um trio unido, um projeto promissor e muita disposição. Após este momento, conseguem um investimento para que o Nubank seja finalmente inaugurado.

A ideia principal no Nubank é oferecer uma experiência diferente e totalmente digital para seus clientes. Dessa forma, entenderam que para entrar na concorrência com os Bancos tradicionais, seria necessário um produto muito forte.

Sendo assim, o primeiro produto oferecido foi justamente um cartão de crédito sem anuidade. O cartão roxinho era um produto físico, no entanto, sua aquisição ocorre de forma 100% virtual.

Além disso, o Nubank investiu pesado em um atendimento diferenciado com o cliente, buscando oferecer uma experiência oposto daquela estressante, a qual os brasileiros estavam acostumados.

Com o tempo, também começaram a oferecer o cartão de débito, além da possibilidade de financiamentos e empréstimos através da NuConta.

Inovação e tecnologia

Cada vez mais a tecnologia entra em nossas vidas para mudar alguma coisa pra sempre. A inovação constante de setores importantes, reflete diretamente na forma que lidamos com nossos antigos problemas.

David Velez foi capaz de transformar a dor de um cliente em uma solução capaz de revolucionar o setor financeiro. Mas não são somente ideias, mas principalmente saber torna-las realidade.


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